quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

reprovação escolar

reprovação escolar

Com freqüência, pais e professores são surpreendidos pela queda abrupta no rendimento escolar dos adolescentes. Uma análise superficial mostraria que o jovem perdeu o interesse nos estudos, ou que o garoto bem comportado de outrora transformou-se em um adolescente rebelde. Porém, ao avaliar de forma mais profunda, observa-se que, na maior parte das vezes, tratam-se de problemas relacionados à auto-estima e às adaptações frente às mudanças que ocorrem na adolescência. No momento em que o jovem se depara com maiores responsabilidades e dificuldades em suas escolhas, entram em cena uma série de mecanismos de defesa inconscientes e comportamentos determinantes da queda no rendimento escolar.
Embora a nota não seja a única forma de avaliar o rendimento escolar, em última instância ela é o que determina a aprovação ou a reprovação e o que constará do histórico escolar. O aluno bem ajustado tende a apresentar notas razoáveis – o que não significa que não terá dificuldades. Por outro lado, boas notas nem sempre significam bom ajustamento psicoemocional. Todos conhecem ao menos um caso de jovem tímido, com dificuldade em se relacionar com os colegas e que apresenta notas excelentes. Nesse caso típico, a auto-estima pode estar abalada quanto à aparência, ao desempenho nos esportes ou à capacidade de fazer amigos, de forma que ter boas notas pode compensar essas deficiências. O oposto também é típico: aluno com dificuldades na aprendizagem, mas que se sobressai nos esportes ou tende a ser o mais popular.